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Vivo precisa mudar legislação municipal para ampliar sinal

 

O vereador Cleber Cardoso, que desde 2009 empunha a bandeira pela melhoria do serviço de telefonia no município, conseguiu trazer a Cachoeira do Sul o consultor de Relações Institucionais da Vivo para participar de uma reunião com o prefeito Neiron Viegas. A empresa está disposta a ampliar o número de antenas no município a fim de melhorar a cobertura, mas para isso depende de ajustes na Lei Municipal nº 3.320/2002, que impõe restrições para instalação de equipamentos em áreas residenciais, entre outras.

Esta lei que precisa ser alterada é de iniciativa do Poder Executivo, mas como também terá de passar pela Câmara, posteriormente, para ser aprovada, Cardoso convidou os demais colegas vereadores para uma reunião prévia, realizada na manhã de hoje, no gabinete do PDT, a fim de colocá-los a par da questão.

Também participaram do encontro realizado na Câmara o presidente do Legislativo, vereador Luis Paixão, o vice-presidente Bombeiro Frankini, além dos vereadores Marcelinho da Empresa e Homero Tatsch, este último que por ser empresário do ramo de telefonia possui conhecimentos técnicos no assunto.

O representante da Vivo fez uma breve exposição de como funciona a distribuição do sinal de telefonia móvel através de faixas de frequência, argumentando que a legislação dos municípios pelo país a fora, vem impedindo a expansão e a melhoria dos serviços. Segundo ele, havia um receio inicial na época em que tais legislações foram editadas, isto porque se tratava de uma tecnologia nova, sobre a qual, ainda, não existiam estudos científicos.

Contudo, o consultor da Vivo Daniel Silveira de Encarnação afirma que, atualmente, apesar de as pesquisas ainda não serem conclusivas, verifica-se que até hoje nada ficou comprovado sobre hipotéticos malefícios causados pela radiação da telefonia móvel, uma vez que a mesma é classificada como não ionizante, além de operar em faixas de frequência limitadas e baixas. "De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a radiação de telefonia é tão prejudicial quanto um simples cafezinho", comenta.

MITO - Encarnação refere ainda que grande parte das leis municipais que restringem a instalação de antenas repetidoras foi elaborada sem a colaboração de engenheiros, por isso criaram-se algumas incoerências. Como exemplo, ele aponta o fato de que a maioria das pessoas acha que quanto maior for o número de antenas, maior seriam os riscos para a saúde. Contudo, ele afirma categoricamente que o raciocínio correto é justamente ao contrário, pois quanto maior o número de antenas, menor é a potência necessária para fechar a área de cobertura.

Neste sentido, o vereador Luis Paixão solicitou que sejam disponibilizados aos vereadores os estudos e estatísticas mais recentes de que dispõe a empresa, pois ele ainda não tem opinião formada sobre a possibilidade de eventuais danos que possam ser causados à saúde humana.

NEGATIVAS - Os documentos trazidos pelo consultor da Vivo demonstram que a empresa já recebeu três negativas para a instalação da nova antena, que seria na Rua Tiradentes, depois da esquina da Coriscal, pois a Procuradoria Jurídica do município emitiu parecer contrário, com base na lei municipal supracitada. A empresa alega que por uma questão topográfica não há como melhorar o sinal na região que vai do Bairro Carvalho até o Bairro Mauá sem a instalação da nova antena, pois grande parte da área a ser abrangida fica numa depressão da cidade.

TECNOLOGIA - O técnico da Vivo também argumentou que a nova antena é de estrutura tubular, mais compacta e moderna. Ele afirma que o modelo foi copiado da Suíça, e causa um impacto ambiental bem menor. Desde 2011, a Vivo mantém imóvel alugado na Rua Tiradentes na intenção de conseguir o licenciamento da Prefeitura para efetuar a instalação.

Encarnação ainda revelou que caso a legislação seja atualizada, permitindo a expansão dos serviços, a própria Vivo já tem previsão no orçamento de 2013 para a instalação de outras duas antenas em Cachoeira. E, além disso, outras empresas de telefonia deverão aproveitar o embalo para melhorar os serviços.