Os vereadores do Partido dos Trabalhadores de Cachoeira do Sul, Sérgio Frankini e Vinícius Cornelli, vão homenagear o militante cachoeirense morto no Chile durante a ditadura, Nilton Rosa da Silva, recolocando seu nome na sala da bancada do PT do Palácio João Neves da Fontoura. O espaço já tinha essa denominação durante o mandato do vereador Nei Sena. Para marcar a homenagem, será afixada uma placa com a denominação na entrada do local.
A iniciativa contou com o apoio de outros dois cachoeirenses que lutaram contra a ditadura no Brasil, Calino Pacheco Filho e Ubiratan de Souza. "Orelhinha, como era conhecido, lutou até o final de sua vida contra o regime totalitário e é, sem dúvida, um exemplo para a cidade", destacou Cornelli.
Em seu discurso na Sessão Plenária desta segunda (12), o vereador Sérgio Frankini relembrou a história do cachoeirense. "Na impossibilidade de permanecer no Brasil em segurança, buscou refúgio no Chile, onde foi morto aos 24 anos, no dia 15 de junho de 1973, com um tiro na cabeça em uma manifestação de rua. O disparo teria sido efetuado por um integrante de grupo de ultra-direita, que preparava o golpe para cima do presidente Salvador Allende. No Brasil, sob a mordaça da censura de Médici, os jornais não puderam repercutir a notícia, mas no Chile, o cachoeirense foi sepultado como mártir, num cortejo fúnebre que teria reunido próximo de 100 mil pessoas".