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Sessão Solene faz homenagem ao Dia do Gaúcho

 

A Câmara de Vereadores realizou, na noite desta terça-feira (17), a Sessão Solene em homenagem ao Dia do gaúcho. A solenidade integra as atividades do Legislativo em comemoração à Semana Farroupilha.
A homenagem contou com a presença de dezenas de tradicionalistas, que vieram vestidos a rigor para celebrar a data. Seis vereadores representam as suas respectivas bancadas e homenagearam, na tribuna, o Estado e sua história. "Se hoje nos consideramos livres, é porque um dia gente que nasceu neste mesmo chão deu sua vida para que os ideais rio-grandenses vencessem. Olhar para trás não é saudosismo, mas uma maneira de celebrar nossa trajetória e fazer valer no presente nossos costumes, projetando um futuro ainda mais honroso", defendeu o vereador Daniel Tarasconi (PMDB).
O vereador Homero Tatsch (PSDB), por sua vez, destacou um líder que marcou a história gaúcha. "Semana Farroupilha é a semana do gaúcho, é o momento de celebrar a cultura do Rio Grande. E a nossa cultura nos leva à nossa história, que tem como primeiro herói Sepé Tiaraju, um líder indígena que gritou para os quatro cantos da América que esta terra tinha dono. Este grito ecoou e fez as tropas de Portugal e Espanha sentirem a força de quem tem o espírito de defender o que de mais importante tem na vida: a sua família, o seu povo, a sua terra. Sepé morreu e deixou um legado: a bravura de lutar pelo Rio Grande".
O vereador Luiz Zimmer (PSB) complementou: "Para muitos, esse período significa apenas desfiles, bailes, músicas e churrasco. Mas é muito mais do que isso. O ano de 1835 é marcante na história do Rio Grande do Sul, ou Província de São Pedro do Rio Grande, como era chamado naquela época. Movidos por ideais de liberdade, homens como Bento Gonçalves da Silva e Davi Canabarro rebelaram-se contra o poder imperial, pois queriam modelos de economia e política diferentes, com maior autonomia dos estados em relação à República".
Já os vereadores Cleber Cardoso (PDT) e Augusto Cesar (PP) lembraram a participação do Município na história do Rio Grande do Sul. "Os festivos relativos à Pátria Rio-grandense tem para nós, cachoeirenses, um sentido muito especial, pois a origem da nossa cidade é reflexo direto dos caminhos que levaram à formação do nosso Estado. A história de Cachoeira do Sul se confunde também com as disputas territoriais entre Portugal e Espanha no Sul do Brasil. Ao longo de mais de 250 anos, Cachoeira do Sul possui várias marcas dessa história que está na cultura, na arquitetura e na memória de seu povo", disse Augusto Cesar. "Cachoeira do Sul foi a segunda cidade do Estado a ter uma Semana Farroupilha. Em 1978, após o término da Semana Farroupilha, Cachoeira foi considerada a capital tradicionalista do Estado. Esse título não foi ganho à toa, uma história foi construída ao longo de 50 anos. Cachoeira ergueu a bandeira do gaúcho, vestiu bombacha, bota e chapéu em uma época que ser campeiro era considerada coisa de grosso", acrescentou Cleber.
Em nome da bancada do PT, o vereador Vinicius Cornelli trouxe um texto do carioca Arnaldo Jabor, destacando: "O Rio Grande do Sul é como aquele filho que sai muito diferente do resto da família. A gente gosta, mas estranha. O Rio Grande do Sul entrou tarde no mapa do Brasil. Até o começo do século XIX, espanhóis e portugueses ainda se esfolavam para saber quem era o dono da terra gaúcha. Talvez por ter chegado depois, o Estado ficou com um jeito diferente de ser. Começa que diverge no clima: um Brasil onde faz frio e venta, com pinheiros em vez de coqueiros, é tão fora do padrão quanto um Canadá que fosse à praia. Depois, tem a mania de tocar sanfona, que lá no RS chamam de gaita, e de tomar mate em vez de café. Mas o mais original de tudo é a personalidade forte do gaúcho", leu. "Trouxe esse é texto, pois essa é uma leitura diferenciada, pois conta a história do gaúcho vista por alguém de fora que respeita nossa tradição".
O presidente da Associação Tradicionalista e Cultural de Cachoeira do Sul (ATC), Vorni Prestes, enalteceu a homenagem prestada pelo Legislativo. "Essa Sessão Solene não é apenas para o homem de bombacha, mas para todos àqueles que nasceram no Rio Grande do Sul, independente de ostentar a pilcha, independente de ser tradicionalista ou não", disse.
Na oportunidade, o presidente da ATC também relembrou a tragédia em Santa Maria, que atingiu as entidades tradicionalistas em 2013. "Tivemos no inicio do ano uma tragédia que abalou a todos nós do Rio Grande, do Brasil e do mundo, tirando a vida de centenas de jovens. Como resultado, nossas entidades foram fiscalizadas e tiveram as suas portas fechadas. Mas os patrões não desistiram e, para o nosso orgulho e a nossa satisfação, todas as estão abertas, não apenas para o seu quadro social, mas para todos os cachoeirenses e para todas as pessoas que nos visitarem, na Semana Farroupilha e qualquer outra época.
Por fim, os vereadores Augusto Cesar e Cleber Cardoso entoaram duas músicas tradicionalistas, que fez o público levantar e cantar junto com os parlamentares.