Tribuna Popular: presidente da APAE pede ajuda para a entidade.

O presidente da APAE de Cachoeira do Sul, Cláudio Petrucci, ocupou a Tribuna Popular da sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta segunda-feira (07), para apresentar alguns aspectos da realidade da associação. “A APAE é uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, que oferece atendimento especializado e gratuito a pessoas com deficiência”, disse Petrucci, que também falou sobre a estrutura da entidade. “Hoje atendemos 168 pessoas em nosso município. Aqui nós contamos com três funcionários do Estado e 23 professores e funcionários do município. Se não fosse por eles, talvez nós já tivéssemos fechado. A nossa folha tem cerca de 15 profissionais como fonoaudiólogos e psicólogos e outros necessários para realizamos um bom atendimento”.
 
Na Tribuna, o presidente da associação também relatou alguns problemas que a entidade vem enfrentando. “Tivemos que dispensar no início do ano cerca de 20 pessoas, que agora estão frequentando a escola regular, por não termos condições financeiras de arcar com todas as despesas. Nós fazemos 400 atendimentos SUS e em torno de 800 atendimentos pedagógicos. Isso é muito em uma cidade como a nossa. Nós estamos tendo um déficit financeiro de aproximadamente R$ 6 mil, pois temos uma despesa de R$ 28 mil e uma receita de R$ 22 mil. Muitas vezes fazemos chás beneficentes para cobrir esse déficit, mas não estamos conseguindo investir na APAE. Se você visitar nosso prédio verá que ele está sem pintura há mais de dez anos”.
 
Petrucci aproveitou o espaço para pedir auxílio dos poderes públicos à instituição. “Já estamos em tratativa com as prefeituras de Cerro Branco, Novo Cabrais, pois também atendemos pessoas também desses municípios. Na Prefeitura de Cachoeira protocolamos um pedido de subvenção social de R$ 150 mil. Precisamos desse valor para reformar o telhado da parte da frente, pois está chovendo dentro da sala de aula, e para construir duas salas, para oferecer um local para os pais das crianças que aguardam seus filhos. Vim pedir socorro porque a APAE precisa continuar prestando o serviço que ela presta e nós não cobramos absolutamente nada das 168 pessoas que atendemos. Desse jeito não podemos continuar e por isso estamos buscando ajuda junto aos poderes públicos. Sob pena de futuramente termos de fechar as portas por não termos condições de melhorar, de renovar, de transformar a nossa casa com melhor aparência e segurança para as pessoas que estão lá”.