Vereadores e representantes do Executivo analisam transporte interdistrital

O presidente do Legislativo, vereador Frankini (PT), e os vereadores Vinicius Cornelii (PT) e Marcelinho da Empresa (PP) reuniram-se, nesta terça-feira (10), com o procurador jurídico do Município, Leonel Slomp Gonçalves, e com o coordenador do setor de transporte da Prefeitura, Aldonei Cândido, para discutir o processo de assinatura dos contratos para o transporte interdistrital de Cachoeira do Sul, que deverá ser finalizado nas próximas semanas.
 
Os parlamentares expuseram aos representantes do Executivo a preocupação em garantir o atendimento às comunidades do interior do município. “As passagens estão cada vez mais caras e as linhas mais limitadas. Sabemos que esse não é um problema novo, nem o último, mas vamos tentar resolver tudo que possível. Ano passado, por exemplo, fomos diversas vezes ao MP e ao DAER e, felizmente, conseguimos reativar a linha Cachoeira do Sul/Santa da Boa Vista, atendendo a uma comunidade que estava sofrendo com a falta de transporte”, destacou Frankini.
 
Na oportunidade, o vereador Marcelinho da Empresa questionou quanto às localidades em que não há empresas interessadas em fazer a linha. Segundo o coordenador do setor de transportes, será aberto novo processo licitatório para essas linhas. “Ocorre que muitas regiões não têm muitos passageiros e o negócio acaba ficando inviável para a empresa”, disse Aldonei.
 
Buscando solucionar esse impasse, o vereador Cornelli indicou uma solução. “Realizar todo o trajeto do interior até o centro do município com poucos passageiros torna o transporte pouco lucrativo e desinteressante às empresas. Mas talvez se houvesse uma espécie de terminal no interior, em que vans ou ônibus menores fizessem o recolhimento nas vilas e localidades e canalizassem os passageiros em um único ônibus e esse levasse o pessoal até o centro seria uma medida rentável às empresas”, sugeriu.
 
Segundo o procurador jurídico, o edital de concessão das linhas, que será de 15 anos prorrogável por igual período, foi elaborado segundo a Lei 3121/99, que regulamenta o serviço de transporte coletivo em Cachoeira do Sul, e não pode mais ser alterado em razão do processo, que está em sua fase final. “Se alterarmos o trajeto das linhas, por exemplo, o Executivo pode ser acionado pelo MP”, explicou Gonçalves, indicando a possibilidade de modificação nos horários de atendimento das linhas. “Compreendemos a posição do Executivo, mas vamos continuar acompanhando essa questão e buscando melhorar aquilo que for possível, pois se estamos enfrentando essa dificuldade de êxodo rural, como vai ser daqui a 10 ou 15 anos se não oferecermos melhorias básicas a essas pessoas?”, defendeu Cornelli.