Moção de Cornelli repudia PLC 206/2015 e apoia servidores da segurança pública

O vereador Vinícius Cornelli (PT) apresentou, na sessão ordinária desta semana, uma moção de repúdio ao PLC 206/2015, que estabelece normas rígidas sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal e despesa com os servidores. De acordo com o parlamentar, “o projeto propõe desmonte da segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul, com cortes de investimentos na área da segurança pública, bem como ataque direto aos direitos dos servidores com a proibição de novas contratações, promoções e pagamento de horas extras”.
 
No requerimento, Cornelli defende que a nulidade de reajustes econômicos que ultrapassem o cálculo da receita corrente líquida estipulado por lei, previsão expressa no PLC 206/2015, servirá para o governo barrar os reajustes previstos para as categorias da segurança pública até 2018. “Ou seja, haverá um arrocho e, pior do que isso, o congelamento dos salários dos servidores, bem como dos investimentos públicos. Ataques aos servidores são medidas drásticas que somente contribuem para o crescimento da violência no Estado, penalizando de várias formas o cidadão gaúcho”.
 
Apoio às entidades
 
Na segunda à tarde, Cornelli havia se reunido com o Coordenador da Ugeirm/Cachoeira do Sul (Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia), Leandro Ramos, que entregou ao vereador o jornal das entidades de segurança pública e levou problemas relacionados à segurança publica no Estado. “As dificuldades enfrentadas vão muito além do salario. São defasagens estruturais e relativas à politica de desinvestimento na segurança publica por parte do atual Governo Estadual. Várias entidades, como a Polícia Civil, a Militar, a Susepe, o IGP e os Bombeiros têm demonstrado união e se preparam para derrotar o PLC 206, que tem a possibilidade de ir a votação durante as festas de ano novo, por manobra política”, criticou Ramos.
Diante das problemas apresentados pelas categorias e em apoio às entidades,  Vinicius apresentou a moção de repúdio na sessão ordinária da Câmara de Vereadores desta semana. Aprovado pela maioria, o documento será enviado à Assembleia Legislativa. “Ao mesmo tempo em que manifestamos o nosso apoio às mobilizações das categorias dos servidores, defendemos uma sociedade verdadeiramente democrática, solidária e igualitária”, finalizou o parlamentar.