A Tribuna Popular da sessão ordinária desta segunda-feira (20) foi ocupada pela representante do Grupo Diversidade LGBTT de Cachoeira do Sul, Suelen Moraes, que defendeu a aprova do Plano Municipal de Educação (PME), sem a retirada da questão de gênero. “O objetivo não é homossexualizar ou transexualizar as pessoas, como muitos dizem, até porque sabemos que existem fatores biológicos e genéticos para isso. Devemos implementar o PME para fomentar o debate”, ressaltou.
Em seu pronunciamento, a representante do Grupo Diversidade destacou as estatísticas que envolvem transexuais no ensino e no mercado de trabalho. “70% da evasão escolar de transexuais ocorrem em razão de violência física e psicológica e 90% são analfabetos funcionais. Além disso, 90% são prostitutas e 10% trabalham em salão de beleza. Quantas trans encontramos em empregos formais? Afinal, quantos empresários cachoeirenses já deram empregos a pessoas trans?”, questionou
Após ler a carta de um jovem que se suicidou por ser transexual e não ser aceito na família e na sociedade, Suelen finalizou sua manifestação, defendendo a aprovação do Plano Municipal de Educação em sua integralidade. “Espero que não se use religião como argumento nessa discussão, pois devo lembrar que o Estado é laico. Por fim, quero registrar que não queremos destruir a família de ninguém, queremos, sim, construir a nossa família. Dizer não ao PME é virar as costas à violência, aos abusos e à exclusão social”, disse.