Câmara sedia encontro com alto comando da BM para discutir segurança no meio rural

O presidente da Câmara José Vasconcelos de Almeida (PMDB) que, em meados de novembro, apresentou indicações ao Executivo ressaltando a importância de uma ação integrada do Poder Público para coibir os crimes praticados no meio rural, participou ontem (13) de audiência que contou com a participação do Coronel Altair de Freitas, Sub-Comandante Geral da BM no RS, que também é cachoeirense.

O encontro foi organizado pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Interior, recebendo autoridades das polícias civil e militar, de Cachoeira e região, além do prefeito Sergio Ghignatti. Também participaram, pela Câmara, os vereadores Oscar Sartório e Mariana Carlos.

Durante suas colocações, o Coronel Altair disse que a repressão protagonizada pela polícia, visa, atualmente, a garantir o direito à segurança dos cidadãos, aliando ações ostensivas, com medidas de prevenção à violência e programas sociais, com objetivo de reduzir a situação de vulnerabilidade das comunidades. O coronel ainda deixou claro, que em vista disto, é indispensável que a Prefeitura desenvolva políticas públicas em parceria com o Estado.

O presidente José Vasconcelos disse que a cidade, precisa estar mobilizada para desenvolver tais ações integradas, pois de nada adianta captar recursos junto ao Estado e à União, comprar automóveis e equipamentos, se não forem elaboradas estratégias de atuação. "Quando fomos contemplados pelo Pronasci, em 2009, achamos que a situação iria melhorar, mas, no entanto, não sentimos a presença da polícia no campo, por isso, a definição de ações concretas, é sem dúvida o primeiro passo", avalia.

REFÉNS - Vasconcelos diz, ainda, que as maiores vítimas são os pequenos produtores, que vivem com suas famílias em lugares ermos, e, às vezes, até com dificuldades de comunicação. Contudo, os grandes produtores, que geralmente residem na cidade, também estão enfrentando problemas, no sentido de encontrar empregados dispostos a levar suas famílias para trabalhar o campo, temendo em virtude da falta de segurança. "Eu, mesmo, tenho casa e resido no interior, então, sei bem o medo que agente sente, ainda mais quando estamos desarmados. Hoje em dia a população rural, em grande parte, é composta por pessoas de idade, que se sentem reféns, à mercê de qualquer marginal que possa chegar e dominá-los. A situação é preocupante, por isso, não podemos abrir mão de mais policiamento", argumenta o vereador.