De acordo com o parlamentar, a cidade realmente precisa valorizar mais o seu patrimônio histórico, citando como exemplo a situação da Casa de Câmara e Cadeia, que apesar de interditada por decisão judicial, continua sendo utilizada como depósito, desamparada de projeto de restauro. Contudo, ele acredita que o Compahc deveria ter melhores condições e estrutura, para poder desempenhar plenamente as funções a que se destina.
As peculiaridades do projeto atacadas por Balardin referem-se, basicamente, a quatro aspectos: a atribuição de poder de polícia ao Conselho, algo que considera inapropriado, argumentando que nem mesmo o Conselho de Saúde do Município dispõe desta prerrogativa; a participação do Núcleo de Engenharia e Arquitetura (NEA) e do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA), o que questiona pelo fato de serem partes integrantes na realização de obras; a falta de autonomia financeira do Compahc; e, a não discussão projeto com os demais segmentos da sociedade cachoeirense, antes da sua elaboração.
E-MAIL - Balardin também externou sua indignação, hostilizando correspondência eletrônica enviada pelo advogado Armando Fialho Fagundes a todos os demais vereadores, utilizando-se do nome da Compahc, para fazer lobby político com o objetivo de interferir na decisão do poder Legislativo, em favor de interesses privados.
No texto, Fagundes insinua que, o parecer contrário do relator Leandro Balardin se deve a "picuinhas políticas insufladas por inimigos gratuitos do Compahc". Entretanto, o parlamentar, esclareceu que entrou em contato com o prefeito e com o procurador jurídico do Município para que fizessem as emendas pertinentes a fim de corrigir o projeto, mas nada foi feito. "O procurador reconheceu que havia pontos equivocados no projeto, porém a Prefeitura não contestou, e nem apresentou emendas. Cheguei a falar com o próprio Armando Fagundes, para que recomendasse as alterações à Prefeitura, que é a autora do projeto. Até mesmo o líder do governo poderia tê-las apresentado, mas nada nunca foi feito. Por isso, acho um desrespeito, alguém mandar um e-mail sorrateiro, me acusando de picuinhas, e se achando no direito de usar o nome da entidade para interferir na atividade legislativa. Faço meu papel como vereador, e tenho de votar de acordo com minhas convicções. Temo que essa Lei ainda acabe na Justiça, e talvez nem vigore, se vigorar terá baixa efetividade, pois não há independência do órgão, se não houver autonomia financeira", argumenta o vereador.