Vasconcelos critica postura de cobrança dos países centrais na Rio+20.

Vasconcelos critica postura de cobrança dos países centrais na Rio+20

Na última sessão ordinária da Câmara o vereador José Vasconcelos de Almeida, do PMDB, comentou sobre a postura das nações desenvolvidas durante os debates ocorridos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. Ele criticou a cobrança excessiva dos países desenvolvidos, já que os mesmos não souberam preservar adequadamente o meio ambiente em seus territórios.

O parlamentar reconheceu a necessidade de um novo modelo de produção e consumo, dizendo acreditar que a humanidade está numa fase de transição. Segundo ele, a problemática que envolve a questão da sustentabilidade exige a busca de um paradigma socioeconômico capaz de conjugar a produção de alimentos com a proteção ambiental, contudo, afirmou que os países centrais precisam dar uma colaboração maior, tendo em vista que eles foram os primeiros responsáveis pela degradação ambiental.

Vasconcelos cita que durante a Eco-92 foi redigida a Agenda 21, documento que estabeleceu uma série de compromissos para os países signatários, e, agora, apenas porque a Europa enfrenta um momento de crise, não é cabível que os países ricos queiram rediscutir os termos deste acordo.

Na visão do vereador peemedebista, o Brasil obteve avanços significativos como a aprovação do novo Código Florestal e ampliação das áreas de reserva legal. "Hoje nós temos 50% da nossa área verde, coisa que eles não têm, hoje nós temos o Fome Zero, unidades de conservação etc., e nós queremos saber o que eles têm", observa.

CONSUMISMO - O grande desafio para Vasconcelos é mudar a mentalidade consumista da sociedade, a fim de que as cidades parem de poluir excessivamente. Ele argumenta que, a produção de alimentos sempre será necessária, e é possível a introdução de técnicas de manejo que agridam em menor escala o meio ambiente. Ele afirma que os maiores impactos ambientais são causados pelas grandes indústrias que fomentam o consumo desenfreado, e não pelos produtores rurais.