Compach veio à Câmara comunicar sobre necessidade de restauro do Chatodô.

Compach veio à Câmara comunicar sobre necessidade de restauro do Chatodô

Na manhã desta segunda-feira (26), o presidente da Câmara Municipal, vereador Julinho do Mercado (PP), recebeu em seu gabinete o novo presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compach), o engenheiro aposentado, Danilo Alves da Cunha. Ele veio acompanhado da secretária da entidade, Ione Rosa, para tratar de assuntos diversos, em especial sobre a discussão em torno da possibilidade de tombamento do Château d'Eau.

Os representantes do Compach disseram que, participaram, hoje mesmo, no início da manhã, de uma reunião que contou com a presença do secretário do Meio Ambiente, Henrique Witeck, representando o Executivo, para discutir sobre qual seria a melhor alternativa para o restauro do monumento, que, segundo eles, tem um indiscutível valor histórico e um grande apelo popular, na medida em que se constitui no principal cartão postal da cidade, talvez ao lado apenas da Ponte do Fandango. Cunha explicou que, a colaboração de Witeck foi bastante proveitosa, uma vez que o projeto para restauração do espaço, também inclui aspectos de ordem paisagística.

Na avaliação dos membros do Conselho, a questão é que o Chatodô precisa urgentemente de reformas, pois apesar da aparência relativamente saudável do prédio, a parte subterrânea sofre com muitos problemas de infraestrutura, em razão da ação da umidade. "De início, achávamos que a restauração poderia ser mais superficial, mas após os primeiros levantamentos que fizemos, percebemos que a questão é mais complicada, pois a parte elétrico-hidráulica do prédio está bastante deteriorada por causa da umidade", observa o presidente do Compach.

VERTENTES - Eis que, diante da necessidade de restauração, os conselheiros depararam-se com outro detalhe importante, pois, para surpresa de muitos cachoeirenses, o Chatodô não é um monumento tombado, o que abre caminho para duas estratégias distintas. A primeira seria providenciar o processo de tombamento, e buscar recursos junto aos governos Federal e Estadual, de modo a viabilizar a obra; e, a segunda seria efetuar o restauro com o apoio da Corsan, que já sinalizou sobre esta possibilidade, a exemplo de diversas outras obras semelhantes já realizadas em outras cidades gaúchas. "Formaram-se duas vertentes, há os que pensam em regularizar o devido processo de tombamento, assim com há aqueles que apostam na possibilidade de a Corsan abraçar o restauro, alegando que desta forma a obra poderia ser concretizada com maior celeridade", explica Cunha, acrescentando que então foi resolvido, pelo grupo, montar projetos piloto, para sondar qual das duas possibilidades melhor se adequará à efetiva restauração do monumento.

Por fim, o presidente do Compach ressaltou que fez questão de trazer o problema ao conhecimento do Legislativo, por entender que a participação da Câmara é tão importante quanto a do Executivo, para o bom desenrolar do projeto.

APOIO - Neste sentido, o presidente Julinho disse que se dispõe a auxiliar o trabalho do grupo, em tudo aquilo que estiver ao seu alcance, elogiando a iniciativa. "Fico feliz em saber que existe esta preocupação do Compach em proteger o Chatodô, pois é o principal monumento de Cachoeira, já está ligado ao coração das pessoas. E, é bom que tudo seja feito agora, como forma de prevenir, porque depois, se deixar passar demais, tem coisas que acabam se estragando, e o serviço ficará muito mais difícil, como foi o caso da Ponte de Pedra", adverte o parlamentar.