Marcelo do Noêmia pede maior transparência quanto ao fundo compartilhado com a Corsan.

Marcelo do Noêmia pede maior transparência quanto ao fundo compartilhado com a Corsan

Depois de assinado o contrato com a Corsan, o qual prevê que Cachoeira do Sul tenha 100% de esgoto tratado em 10 anos, o Executivo anunciou que através de um fundo compartilhado poderia realizar grandes obras de interesse da comunidade, especialmente dos bairros da periferia, carentes de saneamento básico. Na expectativa de ver os resultados na prática, o vereador Marcelo do Noêmia (PP) está cobrando da Prefeitura um extrato dos valores recebidos até então, discriminando onde estão sendo investidos esses recursos.

De acordo com o parlamentar, os termos do novo contrato assinado entre a Estatal e a Prefeitura foram definidos visando a permitir uma maior fiscalização no novo regime de prestação de serviços da companhia. "Para que os vereadores e a sociedade possam fiscalizar os investimentos, é necessário que a Prefeitura dê maior transparência às movimentações do fundo", explica ele.

O fundo compartilhado destina-se a possibilitar a aplicação de recursos em obras de melhoria do saneamento, como a construção de redes de esgoto cloacal e esgoto pluvial, recuperação de áreas degradadas, revitalização de áreas públicas de uso comum e campanhas educativas voltadas à preservação do meio ambiente, observa o vereador Marcelo Oliveira. "Quando indicamos obras e investimentos ao Executivo, muitas vezes, recebemos a resposta de que o Município tem poucos recursos. Pois agora, se há recursos, queremos saber quanto, e onde estão sendo aplicados", disse o parlamentar.

OBRAS - No final do mês de fevereiro, deste ano, a Corsan remeteu à Prefeitura o relatório sobre a o faturamento da Companhia em Cachoeira do Sul referente ao mês de janeiro de 2012, base para o cálculo dos valores destinados ao Fundo de Gestão Compartilhada. Este faturamento bruto atingiu R$ 1.577.281,52, o que gerou o repasse líquido ao Fundo de R$ 284.888,07. Os repasses mensais são calculados com os índices de 5% das contas de água e 100% da taxa de esgoto, descontados os impostos e a inadimplência média de 2,2%. Partindo desses dados, o vereador Marcelo estima que existam recursos suficientes para muitas obras, e por isso, quer saber o que está sendo realizado pela Prefeitura. "Sabemos que dinheiro existe, o secretário de Obras Jarrão, chegou a realizar uma série de metragens em vários bairros da cidade, só que não estamos enxergando as obras", comenta o parlamentar.