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Audiência pública discute descarte e tratamento de lixo eletrônico

 

A Câmara de Vereadores realizou, na tarde desta terça-feira (21), uma audiência pública para discutir a destinação e a reciclagem de materiais eletrônicos. O debate, proposto pela bancada do PMDB, foi presidido pelo vereador Frankini e contou com a participação dos vereadores Marcelo Figueiró e Homero Tatsch, do Secretário Municipal do Meio Ambiente, Edson das Neves Júnior, do Bispo Dom Remídio Bohn e de representantes da empresa Natusomos Lixo Eletrônico, convidada para o encontro. “Essa audiência é fruto do fórum sobre o tema da Campanha da Fraternidade deste ano, realizado em março por esta Casa, que ressalta a preocupação com o meio ambiente”, lembrou Frankini.
 
O representante da empresa Natusomos Lixo Eletrônico, da cidade de Horizontina (RS), especializada na coleta, separação e reciclagem de componentes eletrônicos, Cláudio Pinheiro, iniciou os pronunciamentos salientando que cada pessoa do mundo produz anualmente sete quilos de lixo eletrônico. “Apesar de ser considerado um resíduo muito perigoso, apenas 15%  recebe uma destinação correta. O restante acaba indo parar em rios, matos, ou seja, diretamente no meio ambiente ambiente”. Pinheiro também destacou o longo período necessário para que os materiais que compõem os produtos eletrônicos se decomponham. “Esses produtos são formados basicamente por plástico, que demora cerca de 100 anos, de ferro, com 50 anos, e de vidro, que não tem data para sua decomposição”.
 
Na sequência, o vereador Marcelo Figueiró (PMDB) demonstrou preocupação com o avanço da quantidade de lixo eletrônico produzido a cada ano. “Praticamente todo mundo tem hoje computador, telefone, tablet, carregadores em casa, que vão ficando para trás. Se jogados no lixo comum, muito provavelmente isso tudo vai parar no meio ambiente. Por isso, eu e o vereador Frankini fomos à Prefeitura de Porto Alegre e ao Governo do Estado buscar orientações de como formar uma rede para o seu descarte adequado, de forma a organizar ações o mais rápido possível”.
 
O Secretário de Meio Ambiente de Cachoeira do Sul, Edson das Neves Júnior, apresentou dados relativos ao lixo no município. “Temos hoje a média mensal de recolhimento de 31 mil quilos de materiais recicláveis e de 1362 toneladas de resíduos comuns destinadas para Minas do Leão. Ou seja, sabemos que precisamos avançar nessa questão. Por isso, a Prefeitura está aberta para a realização de convênios ou parcerias nesse sentido”.
 
Abel Araújo, da Associação de Moradores do Bairro Santa Helena, por sua vez, criticou o investimento de recursos públicos no recolhimento de resíduos eletrônicos. “Defendo o recolhimento desses materiais, mas descordo absolutamente que seja empregado um centavo de dinheiro público nisso. Não podemos deixar de investir em saúde, educação ou saneamento, por exemplo, para recolher o lixo de quatro ou cinco corporações do mundo inteiro que lucram muito em cima dele. Temos, sim, que regulamentar e exigir a logística reversa”.
 
Encaminhamentos
 
Ao final das manifestações, ficou acertado que a Secretaria Municipal do Meio Ambiente irá analisar com a empresa Natusomos as possibilidades e alternativas para Cachoeira do Sul organizar o descarte e encaminhamento do lixo eletrônico e que esse estudo retornará à Câmara para que, junto com a sociedade, sejam discutidos os meios de implementar medidas práticas. “Acredito que o melhor caminho é desenvolver ações conjuntas, com as secretarias municipal e estadual de educação, com as igrejas e com todas as demais forças vivas cachoeirenses, analisando potenciais, formas de trabalhos e sistemáticas do processo”, defendeu o secretário Júnior.